Apesar da crise econômica e do desemprego, que afeta 12,9 bilhões de pessoas no país, o setor de produção de flores e plantas ornamentais tem como objetivo crescer entre 7% e 8% em 2018, em relação a 2017. As vendas ao consumidor final devem chegar a cerca de R$ 8 bilhões, segundo levantamento Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).
Holambra corresponde por 45% do mercado de flores do Brasil, e tem como objetivo crescer 10% nos negócios. A Expoflora – maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina deve funcionar como uma avaliação do mercado consumidor pelos produtores.
Segundo o diretor da Ibraflor Renato Opitz, a exposição é fundamental, pois ela é como um laboratório é na exposição que os produtores testam se se a terá aceitação no mercado e define se irão aumentar a produção ou diminuir ou até mesmo repente desistir dessa produção, pois durante cinco finais de semana, mais de 300 mil pessoas passam por ela.
Para Opitz, o crescimento do setor nesse contexto pode ser atribuído a dois fatores principalmente. “Foram trazidas novas variedades do exterior que foram multiplicadas no Brasil e introduzidas no mercado, cores diferentes, formatos e também variedades mais produtivas. Com isso, diminuiu o custo do produtor e ele também conseguiu colocar isso no mercado a preços mais baixos.”
A outra razão foi o aumento da venda com a de flores nos supermercados. “Essas flores e plantas ornamentais estão chegando ao consumidor a preços mais baixos. Muita coisa antigamente era só em floriculturas e agora, em vários supermercados, nas redes médias e pequenas também, você encontra a flor disponível.”
Segundo Opitz, as variedades trazidas de países como Holanda e Estados Unidos, além de mais produtivas, em alguns casos, são mais duráveis, o que atrai também compradores.
Outro fator que favorece o crescimento do setor é a produção em ambientes protegidos, como estufas ou áreas de telado, em que é possível controlar melhor a temperatura e a umidade durante todo o ano. Em Holambra, cerca de 90% das flores são cultivadas em estufas, o que garante a produção regular de quase todas as variedades em qualquer época do ano.
“Consegue-se fazer com que uma espécie floresça ao longo dos 12 meses do ano, conforme se regulam as condições. E isso, antigamente, não era possível. Sem essas estufas, essa flor só florescia em uma determinada época do ano”, enfatizou Opitz.
Fonte: Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil